segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Leopardo – 1963

O Leopardo Itália – 1963 Burt Lancaster, Claudia Cardinale, Alain Delon 

Um pouco da história italiana. Na Sicília de 1861, a revolução garibaldina chega anunciando a unificação da Itália e o fim, para a aristocracia local, de toda uma era. Sobrinho preferido de Dom Fabrizio, Tancredi (Alain Delon), se engaja espertamente na revolução, legando ao tio o lema: "É preciso mudar para que tudo continue como está". Esta frase justifica todas as revoluções do século 20 na região, garantindo a ascensão de um governo de centro-esquerda para que não houvesse mudança das relações sociais. Em "O Leopardo", a consciência histórica de Visconti (diretor) passa pela sensibilidade e o desencanto de Dom Fabrizio e sua índole aristocrática, fazendo o inventário cenográfico de palacetes, roupas, móveis, modas, daí a importância da seqüência final do baile (que Visconti levou quatro semanas para executar). É também neste momento em que em que dom Fabrizio chega a plena compreensão do tempo perdido – outra característica forte nos filmes de Visconti, a sensação de que já é tarde demais. Neste grande baile aristocrata, rito fúnebre de uma classe moribunda, Tancredi consuma seus ditames, anunciando seu casamento com a bela filha (Cardinale) de um burguês emergente, cena em que Visconti resolve retratar a história do casamento de seus pais e um pouco de seu próprio tempo perdido. O engraçado é perceber como estas histórias reais mudam atitudes dos atores. Em outro material divulgado na internet, encontramos duas imagens bem distintas: a primeira é a imagem de Lancaster, astro hollywoodiano que desembarca de um avião estampando seu famoso sorriso de gato de Alice e um grande topete no início da produção e na segunda, ele está bem diferente, nos bastidores da filmagem, ao lado de Visconti e igualzinho a ele: de óculos escuros e cigarrilha, taciturno e elegante. Os costumes e experiências ditam a moda e a moda dita os costumes e experiências.


Anthony Zimmer - 2005

Anthony Zimmer - 2005 França - Sophie Marceau e Yvan Attal 

Anthony Zimmer é um traficante de drogas procurado no mundo inteiro, mas nunca foi pego por ninguém conhecer sua aparência, exceto Chiara (Sophie Marceau) seu "calcanhar de Aquiles". A polícia resolve usá-la para atrair e prender este fantasma. Chiara tem um encontro marcado com Zimmer, mas, percebendo-se de que ela esta sendo seguida, Zimmer falta ao encontro e dá instruções a Chiara para que ela seduza um "desconhecido", e aasim confundirá a polícia. François Taillandier (Yvan Attal), um tradutor abandonado recentemente pela mulher e com duas semanas de férias, é o elegido. Ele terá que se entender com a máfia russa e a polícia alfandegária. Com um sabor de Hollywood em francês, o filme consegue entreter e enganar o espectator, deixando até o ultimo minuto para esclarecer quem está manipulando quem. Sophie Marceau é a mulher fatal por excelência, com seu figurino "clean" e sofisticado. O destaque no início do filme é a visão de seus belos tornozelos. Yvan Attal é um convincente homem apaixonado, incrédulo,revoltado e, como um camaleão, se transforma durante o filme. “Anthony Zimmer” tem um visual sofisticado, cheio de charme e estilo. C’est parfait!

 

Cleópatra – 1963

Cleópatra – 1963 Elizabeth Taylor, Richard Burton e Rex Harrison.

 Cleopatra foi a mulher mais famosa de todos os tempo, um exemplo perfeito de luxo, ambição e liderança. Manipulava todos ao redor, fazendo com que se apaixonassem e a deixassem fazer o que bem entendia de suas vidas e visões politicas. Era uma sonhadora estudiosa, que usava os recursos e descobertas do Egito para conquistar e deslumbrar o seu objeto de desejo, exatamente como a dança da Naja antes do seu bote final. Este filme, protagonizado pela belíssima Elizabeth Taylor, foca suas aventuras amorosas com os dois principais governantes de Roma, numa tentativa de unir as nações e criar um herdeiro soberano sobre todos os povos. Mesmo entitulado com o nome da rainha, o filme frusta um pouco os interessados em conhecer a orgiem de Cleópatra e o desenvolvimento cultural do Egito. Apesar de da idade deste clássico, é muito bem construído, cheio de alegorias, cores e danças. Tenha certeza que as 2 horas sentado na frente da TV serão compensados pelo figurino e beleza de Taylor.